quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

EDUCAÇÃO CULTURAL


Hoje ouvimos sempre em todos os gêneros o termo “educar”. É Educação Digital, Educação Ética, Educação Especial, enfim, várias são as atribuições dadas a esta “Arte”. O que me faz escrever sobre o tema proposto, é que me entristece a importância dada às culturas estrangeiras em nosso país, e em nossa cidade. O estrangeirismo é sem dúvida algo inevitável, pois vem do “alto”, reconheçamos que não somos um país de 1º mundo. Mas isso não nos obriga a aclamar as culturas estrangeiras. Falo isso também pelas culturas de outros estados que estão tomando uma força muito grande sobre a nossa o que é literalmente PREOCUPANTE. É necessária a valorização da cultura nacional, pois o Brasil é um país de rica identidade cultural, e pode se tornar um exemplo de evolução e reconhecimento. Para que uma nação chegue a ser uma grande potência, é inevitável que os cidadãos que nela vivem reconheçam seu valor, tanto cultural, econômico e lingüístico. A evolução no setor econômico de um país acontece quando há harmonia entre os principais ícones que estabelecem sua identidade, pois cultura, economia e política caminham de mãos dadas.
Mas o que eu proponho com esta matéria logo nos primeiros meses do ano letivo? Quero chamar a atenção para duas coisas imprescindíveis. Tenho quase absoluta certeza que nos projetos escolares, não em todas, vale salientar, o Halloween está previsto. Espero que nas mesmas esteja também presente um projeto de valorização do Nosso Folclore. Pois hoje tenho medo que as nossas crianças esqueçam quem é o Curupira, O Saci, O Boto e demais personagens que configuram nossa riqueza folclórica. Cabe a nós Educadores este papel. É inerente o fator educar, num amplo sentido estas questões sobre valorização cultural, tanto que o currículo escolar é flexível, conforme as demandas e necessidades culturais emergentes ao contexto escolar. Desta maneira, toda a estrutura escolar, como gestores, corpo docente e funcionários, mobilizar-se-ão para a efetiva valorização da cultura local, não perdendo o foco pedagógico e educacional formal da instituição.
Outra questão é o gênero musical. Vejamos quantos jovens e até mesmo adultos valorizam ritmos como o frevo, o coco e a ciranda?! O que encontramos é uma poluição sonora horrível oriunda das composições de axé music e demais ritmos de péssimo gosto. Refutando a questão escolar diante disso destaca - se alguns questionamentos importantes, a título de contribuições. Como valorizar a cultura local no currículo escolar, se muitas vezes a própria escola não tem conhecimento da realidade cultural a qual ela esteja inserida? Quanto aos profissionais da educação, como valorizar a identidade cultural, se muitas vezes não se valoriza a própria cultura local do profissional? Como incentivar a valorização da cultura local aos alunos?, se nós subjetivamente não a temos valorizada, enquanto trabalhadores da educação. São tantas as questões, por isso é que na maioria das vezes a CULTURA é sempre a que fica no banco de reserva e nunca entra em jogo. Mas se o cidadão brasileiro não assume seu papel, quem assumirá o verdadeiro sentimento de patriotismo? Caberá a cada leitor as respostas para tais questões.