Hoje quero escrever sobre a superficialidade humana.
Percebo que nas relações de interesse "sexual" e amorosa há uma falta de aprofundamento incrível. Acho que a praticidade geral do mundo empurrou os seres a um abismo chamado "expressismo"(um neologismo louco - quero dizer mania de coisas expressas, rápidas). As pessoas se conhecem, se atraem fisicamente, trocam 300 palavras, no máximo e já querem definir situações as quais muito raramente duram mais um 1 mês. Nâo estou sendo pessismista ao escrever isso, até porque se uma entrevista for feita com as pessoas solteiras, veremos que é bem dessa forma.
Paro para analisar e investigar... porque as pessoas estão agindo dessa forma? Será o imediatismo, medo ou preguiça de mergulhar no outro e encontrar virtudes que o eu não possui e defeitos semelhantes aos meus onde eu não os suporto em mim mesmo? Até onde as pessoas buscam edificar relações sólidas? O que vejo são relacionamentos pautados em interesses ou aparâncias. Curtos e fúteis. É como encontrar uma joia, aquele que encontra uma pessoa que busque junto a você, construir algo. Alguém que esteja disposto a mergulhar no outro e ambos fazerem uma viagem ao universo do nós, e reconhecer que somos imperfeitos, mas que na imprefeição de cada um podemos lapidar uma pérola de altissímo valor e brilho radiante. Sinceramente eu parabenizo as relações estáveis de anos, e/ou aqueles que com muita paciência e dedicação se dispõem a desvendar o outro como quem ao ver um mapa se dedica a buscar o doce e valoroso tesouro. Espero que os leitores possam degustar este texto com um tempero apimentado, pois o "doce" está onde normalmente menos se espera.
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